quarta-feira, 7 de março de 2012

DOIS PARQUES PRECISAM SE COMUNICAR


PESC - 9.257 hectares
O Parque Estadual da Serra do Conduru (PESC) foi criado pelo decreto estadual 2.227, de 21 de fevereiro de 1997, e depois ampliado em 2003, possui uma área de 9.275 hectares, e está localizado nos municipíos de Ilhéus, Uruçuca e Itacaré.
O parque está inserido na área do “Corredor Central da Mata Atlântica” contemplado pelo Projeto dos “Corredores Ecológicos” do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil PPG-7.
Foi criado com o objetivo de conservação de remanescentes florestais da Mata Atlântica do Sul da Bahia. Apesar da área decretada do PESC não apresentar uma diversidade de ecossistemas naturais, esta área abriga uma das maiores diversidades de espécies vegetais arbóreas conhecidas no mundo, contando com 458 espécies lenhosas, em um único hectare. Das espécies encontradas nesta região, cerca de 26,5% têm sua ocorrência restrita às florestas do Sul da Bahia e norte do Espírito Santo.Uma curiosidade: "O conduru (Brosimum conduru), árvore de madeira roxa, retilínea, serve para o esteio de casas, para a movelaria e é usada para mastreação de embarcações desde os tempos coloniais. Caravelas, canoas, saveiros e escunas, foram e são conduzidos pela energia do vento transferida para força dos mastros de conduru.”

PMBA - 437 hectares
Parque Municipal da Boa Esperança- 437 hectares próximos a zona urbana de Ilhéus.

Em 1927, essa área de 437 hectares já era reconhecida como uma unidade de conservação ambiental, quando foi destinada a conservação florestal para continuar prestando seu serviço de fornecimento de água potável para a população de Ilhéus, um serviço ambiental que as florestas do seu entorno prestam até os dias de hoje, principalmente através da Lagoa do Itaípe, que integra o minicorredor.

Nessa ocasião, foi construído e inaugurado pelo prefeito Mario Pessoa da Costa e Silva, o serviço de abastecimento de água da Cidade de Ilhéus. O sistema funcionou até a década de 70, período em que se desativou a captação de água da barragem da Esperança.

A área do Parque foi mantida pela Prefeitura de Ilhéus e pelo Governo do Estado através da EMBASA. No início da década de 90, a Lei Orgânica de Ilhéus, através da Vereadora Vitória Berbert de Castro, responsável pela elaboração do Capítulo XV da Política do Meio Ambiente, art. 226, da Lei Orgânica do Município de Ilhéus, foram criados o Parque Municipal da Boa Esperança e a Área de Preservação Ambiental (APA) da Lagoa Encantada.

Em 1994, tivemos a participação brilhante da bióloga Rute Colares na conservação do Parque, e em 1995 foi elaborada “Minuta” do Plano de Manejo para a área, então denominada Jardim Botânico pela Prefeitura Municipal de Ilhéus. Através da Lei Complementar Municipal nº 001/2001, de 07 de junho de 2001, foi regulamentada a criação da Unidade de Conservação de Proteção Integral denominada Parque Municipal da Boa Esperança, atendendo assim aos Arts. 7 e 11 da Lei nº 9.985 e a Lei Orgânica Municipal. Na oportunidade foi revogado o Decreto nº 42, de 17 de junho de 1994, que criou o Jardim Botânico de Ilhéus. 

Em 2001 foi elaborado e decretado os primeiros estudos do Plano de Manejo do Parque Municipal da Boa Esperança.

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